Olá, essa postagem foi programada para o dia do meu aniversário.Trata-se de algo reflexivo.
(É possível ver que a postagem é programada pelo horário de publicação, as vezes, no caso, será as 12 AM)
Um ser onipotente poderia criar uma pedra tão pesada que ele mesmo não possa levantar?
(Vi esta pergunta no formspring.)
Paradoxo interessante, mas consigo resolver; A resposta é sim, vejamos:
Um ser onipotente é aquele que tem a capacidade de fazer tudo, e em "tudo" está incluso algo que nem ele mesmo possa desfazer, entretanto com isto, ele deixa então de ser onipotente por não poder mais fazer tudo, terá agora algo que ele não poderá fazer, que é o objeto impossível de ser desfeito por ele mesmo.
Dando uma continuidade no raciocínio, seria falacioso dizer que então o ser ex-onipotente criou então algo "indestrutível". Afinal, ele criou apenas algo que ele mesmo não pode desfazer.
Conclui-se então que "outro" ser onipotente poderá então desfazer o objeto criado pelo ex-ser onipotente. Afinal, um ser onipotente pode fazer de tudo.
Mas a pergunta poderia ser mais interessante, se fosse assim: "Um ser onipotente poderia levantar uma pedra criada por ele no propósito de ser tão pesada a ponto dele mesmo não levantar?"
Agora sim os parafusos de quem lendo até aqui, inclusive os meus, dão umas giradas.Vamos a minha resposta:
No momento que o ser onipotente cria algo que nem ele pode desfazer, ele deixa de ser onipotente. Todavia se ele é onipotente, teoricamente ele pode fazer de tudo, e tudo inclui o impossível. Mas seria muito chato terminar o paradoxo dessa maneira (sem referências). Então digo eu que há esta possibilidade teórica: Ele pode criar um estado de perda da onipotência temporária até um momento onde ele mesmo pudesse "levantar a pedra" novamente.
Mas aí qualquer um pode criar outros paradoxos com seres onipotentes, e outros, e outros. Eu mesmo tenho alguns em mente, mas deixarei quieto. Afinal, a grande sacada do ser onipotente é que ele possa fazer de tudo, sendo então o detentor de toda razão temporal, espacial, enfim, da física. Para ser onipotente é necessário ser também onipresente e onisciente.
E talvez isso vá além da compreensão humana, pois pensar argumentativamente nisso nos levaria a conclusões para os dois lados, sendo ambas falácias por haver sempre um argumento destruidor da primeira.
Minha analogia com esta filosofia que fiz até agora é a da vida dos que tentam provar a existência de divindades e os que tentam desmentir. Não existe método científico para chegar a uma conclusão desse gênero, sendo então tola qualquer discussão do assunto.
Eu, Lizandro Rosberg, sou cientificamente cético ao que me compele adentro do conhecimento. E sou também irreversivelmente interessado na mais profunda amplitude ao que me confere o desconhecido, com a premissa óbvia da consciência; o tal custo e benefício.
Todavia nem o nascer do sol está preposto à minha mais completa credulidade.
"Enquanto houver a morte, eu nunca serei verdadeiramente feliz. E enquanto houver a vida, eu nunca estarei verdadeiramente inconsolável." Lizandro Rosberg